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A Festa, por Bert Hellinger

Alguém se põe a caminho e, ao olhar para a frente, vê ao longe a casa que lhe pertence. Caminha em direção e, ao chegar a ela abre a porta e entra em uma sala arrumada para uma festa.

A essa festa comparecem todos que foram importantes em sua vida. E cada um que chega traz alguma coisa, fica um pouco e depois vai embora, assim como fazem os desejos e ou o sofrimento. Trazem alguma coisa, ficam um pouco e depois vão embora. Assim como também faz a vida, que nos traz alguma coisa, fica um pouco e depois vai embora. Portanto, todos comparecem à festa, cada um com um presente especial, pelo qual pagou o preço integral, seja ele qual for: a mãe, o pai, os irmãos, um avô, uma avó, o outro avô, a outra avó, os tios e as tias, todos que abriram espaço para ele, todos que cuidaram dele, talvez os vizinhos, amigos, professores, parceiros, filhos: todos que foram e ainda são importantes em sua vida.


Após a festa, a pessoa se vê com muitos presentes que ganharam e na companhia apenas daqueles convidados, pelos quais não há inconveniente em permanecer mais um pouco. Em seguida, vai até a janela e olha para fora, vê as casas e sabe que um dia também nelas haverá uma festa à qual irá, levará uma lembrança, ficará um pouco – depois partirá.


Nós também estivemos em uma festa, trouxemos e levamos uma lembrança. Ficamos e partimos. Como? Plenos e ricos.

Hellinger, Bert. Meu Trabalho. Minha Vida. 1a ed. São Paulo. Cultrix.2020 (página 286)





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